Durante este Verão dediquei-me àqueles discos que ninguém vai ouvir, mas que são muito bons. E digo-vos, ouvi muita coisa nova, e muito boa. É mentira quando se diz que não se está a fazer boa música hoje em dia. O problema é que muito da boa música não passa nas rádios nem nas televisões.
Hoje estava para por a rodar no Cowboy um destes artistas que conheci, e que gostei, mas não se ouve falar assim muito. Estava… porque estou neste preciso momento a ouvir o novo álbum dos Rolling Stones, e quando acabar, vou voltar ao início. Se não tiver mais nada para fazer, sou capaz de o ouvir mais uma vez.
Este álbum é bom, é muito bom. Vicia. Quem conhece os primeiros álbuns ainda há-de pensar que este estava perdido nas prateleiras da editora, e só agora foi editado. Mas eles garantem, “A Bigger Bang” é mesmo de 2005. Sinceramente, poderia ser de 1977.
Se tivesse sido editado naquela altura seria um sucesso bombástico. Como foi editado em pleno século XXI, será talvez passe um pouco ao lado, uma vez que as tendências são outras.
Tudo neste álbum soa a grandes canções de rock n’ roll dos anos 70. Há rock, há country, há guitarras a miar, a gritar, há pianos a chorar, há guitarras a lamentarem-se, há amor, algum suor, e muitas, mas muitas malhas de bateria e guitarra que não deixarão muita gente em casa na “Bigger Tour”. Há acima de tudo refrões cantáveis por milhares de pessoas ao mesmo tempo.
Sobretudo nota-se que o álbum deu muito gozo a gravar, quer aos músicos, quer ao produtor, Don Was.
Mas porque havemos de ouvir um disco de uma banda que tem quase 50 anos de carreira, quando há muitos artistas novos por aí? Por uma simples razão: os Rolling Stones gravaram este disco para se divertirem enquanto que outros gravam para vender.
É (arrisco eu) um dos discos do ano.
A faixa que vos deixo aqui para ouvir é a segunda e chama-se “Let Me Down Slow”
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