O Cowboy está de volta, e com ele voltam as críticas musicais, os conselhos, as informações, úteis ou não, os concertos, os aniversários, e tudo o que demais passou por cá na época passada.
Foi um Verão recheado de música e concertos. Alguns para recordar, outros para me lembrar de não voltar lá.
O grande destaque que dou aos concertos que vi vai sem dúvida para os Toranja na Povoação. Souberam da melhor forma enfrentar um público que saltou e bateu palmas, mas que no fundo estava à espera do fim do concerto para ouvir a Carta. Gosto particularmente desta banda, e depois do concerto na Povoação passei a gostar mais, muito mais.
Voltando ao princípio da época dos concertos, comecei pelos Blasted Mechanism nas Capelas. Grande banda, grandes discos, grandes concertos. Vê-se os Blasted Mechanism, e nunca mais se esquece, pelas melhores razões. A apresentação em palco, o apoio do público, e acima de todo a alegria com que a banda toca.
Em seguida passei pelo Festival de Rock que houve no Coliseu de Ponta Delgada. Pelo nome deduz-se que foi uma série de concertos com vários grupos de rock. O nome assim o indica, mas apenas foram três concertos em três dias, por três bandas diferentes. Não gostei dos Moonspell. Poderia ter gostado mais dos Xutos & Pontapés. Não tive coragem de ver os Morbith Death.
Não gostei deste festival porque a sala do Coliseu não é uma boa sala para concertos rock. O som difunde-se em demasia, uma das razões será o tecto muito alto, o que quase distorce o som geral da banda que está a tocar.
Em Angra do Heroísmo, estive perto dos EZ Special, e dos Marillion. De novo dois concertos em que o público estava essencialmente à espera de um ou dois temas de cada banda. E sempre que se ouvia um tema conhecido, mas que não era o que se estava à espera, alguém comentava “Não sabia que esta também era deles”. Talvez a maior surpresa foi quando os principiantes de guitarra começaram a ouvir o tema dos Marillion, “Lavender” (em audição aqui no Cowboy Cantor). Tudo e qualquer aluno de guitarra que se preze sabe tocar, bem o mal, a linha melódica do piano, mas poucos saberão como se chama, e de quem é esta canção.
De volta a São Miguel, vi os Da Weasel. Agora eu é que estava à espera de apenas três temas deles. O “Tod’a Gente”, que quase ninguém conhecia, “Outro Nível” e o “T'ás Na Boa” (uma explosão de raiva e alegria no palco e entre o público). Mas esperei por estes três temas, não por não conhecer o resto do trabalho deles, mas porque desde o seu terceiro álbum que deixei de gostar dos Da Weasel. Gosto muito do Dou-lhe Com A Alma, o aclamado álbum de 1995. Gosto do 3º Capítulo, mas depois disto, eles deixaram-se levar pelas campanhas de comercialização, e começaram a fazer música para vender, e não música com alma. De qualquer forma reconheço o estatuto de uma das melhores bandas portuguesas, quanto mais não seja pelo que os Da Weasel já foram.
E como diziam os Ministars (na sua versão de “I Get Weak”), foi assim o meu Verão.
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