Cowboy Cantor

domingo, 22 de novembro de 2009

So Shush: artista do mês de Novembro



Há algum tempo que me comprometi com os So Shush para escrever uma análise ao “Wistful Wanders”, segundo álbum da banda, lançado há um ano. Mas, quando me sento a ouvir o álbum, deixo-me envolver pela música e esqueço-me do que estava a fazer.

Vindos dos arredores de Manchester, os So Shush vêm fora de tempo. Ainda bem. Se tivessem aparecido na altura da Madchester, com tantas boas bandas a sair da cidade inglesa, os So Shush corriam o risco de passar despercebidos.

Com o lançamento deste álbum, os So Shush não só têm sido habituais presenças em rádios e televisões norte-americanas e europeias, como também conseguiram chegar ao décimo sexto lugar na lista de vídeos LWWT de Neil Young.

Caindo no lugar comum de comparar os So Shush com outras bandas mais mediáticas, até podem surgir inúmeras semelhanças, mas no entanto a voz de Carole e os sintetizadores de Ian conferem à música dos So Shush um carácter especial, que rapidamente nos apercebemos que se tornam inúteis quaisquer comparações.

Devido às singularidades da voz de Carole e dos arranjos de Ian, os So Shush criaram na música pop um lugar onde não existe mais ninguém.

A voz de Carole e o som dos teclados de Ian transportam-nos para um lugar que, contrariando um dos temas do álbum, “Nothing Lasts Forever”, o tempo parece não existir. Esta inexistência temporal só será possível sentir ao ouvir os So Shush.

Sem dúvida alguma que os So Shush tinham de ser alguma vez o artista do mês no podcast Cowboy Cantor. Bandas como estas, com a capacidade de inovar a música, fazer diferente, conseguir atingir mesmo a pessoa mais insensível, fazem cada vez mais falta à música pop em particular, e a toda a cena musical actual na generalidade.

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