Cowboy Cantor

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Cowboy Cantor Adiado

Eu sabia que iria acontecer algum dia.
Tenho mantido o Pedro afastado do meu quarto, porque sabia que no dia em que ele lá entrasse as coisas não iriam correr bem. Ou por outra, poderiam correr bem demais.
No dia 8, Sábado, dia de gravação de mais uma emissão do Cowboy Cantor, o Pedro lembrou-se de fazer karaoke para animar a malta lá em casa. Animar? Esqueceu-se que antes de fazer karaoke já tinha estado comigo a fazer uma sessão de percussão nas telhas.
Então lá liguei o microfone. Abri o programa de karaoke, e lá vai disso:
“Like a Virgin” (cantado num falsete de fazer inveja aos manos Gees), “Robocop Gay” (versão muito máscula), “Jardins Proibidos” (dedicatória especial à Maura), “Basket Case” (três ou quatro vezes seguidas, numa atitude muito punk), “Last Christmas” (para não perder o espírito), “Livin On a Prayer” (com a subida de tom e tudo no final, a partir daqui as nossas gargantas nunca mais foram as mesmas):
- Meninos, vocês estão muito bem, mas já é quase uma da manhã e estamos quase com a polícia à porta.
Via-se que a Maura até estava a gostar do espectáculo. Os artistas estavam inspirados.
Seguiu-se “This Love” (muita atitude, com direito a coreografia especial), “Closing Time” (a anunciar um fim de noite, com uma letra hardcore de improviso):
- Meninos, vou-me deitar.
“Just Can’t Get Enough” (e nunca mais parávamos) até que encontrei a faixa para o fim de noite: “My Way”, na versão Sid Vicious.
Resultado: as luzes lá em casa apagaram-se às 3:30 da manhã, uma grande noite de karaoke, e no Domingo, por razões que não sei bem quais, não tinha voz para gravar o Cowboy Cantor.
Para a semana vai sair uma emissão especial. Mesmo sem voz há-de sair qualquer coisa.

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